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Data: 05-06-2018
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O suicídio na América do Sul: questões socioculturais
O Núcleo Transes, o INCT Brasil Plural e o PPGAS/UFSC convidam para a palestra de Andrea Lissett Pérez sobre O suicídio na América do Sul - O que tem a dizer sobre questões socioculturais.
12 DE JUNHO - TERÇA - ÀS 9H30 - NO AUDITÓRIO DO CFH
Andrea Lissett Pérez é professora titular Universidade de Antioquia, Colômbia. Antropóloga de formação com mestrado e doutorado em Antropologia social da UFSC. Pesquisadora convidada do Núcleo de Antropologia do Contemporâneo e do INCT Brasil Plural.
O suicídio na América do Sul - O que tem a dizer sobre questões socioculturais?
A forma de morrer é um sinal tanto dos estilos de vida quanto das condições que regulam a existência e o devir social. Por sua natureza imprevisível, a morte desnuda de maneira patética e dramática a própria condição humana. Abre, à flor da pele, os meandros da vida social, mostra suas feridas e fala das subjetividades ali expostas. Se sabemos ler seus signos, também podemos nos aproximar das distintas semânticas sociais e das formas como os sujeitos recriam tais universos. O sujeito narra com o suicídio uma gramática existencial que, apesar de sua singularidade, deixa rastros da forma de vida, dos fios e tensões sociais que o condicionam. É um estado de ser e estar no mundo que, da perspectiva do sujeito, chega a um limite em que a única saída possível é própria eliminação. Justamente, esse estado forte e limítrofe que confronta a normalidade social constitui um estado propício para tentar penetrar os tecidos sociais e as maneiras como os sujeitos interatuam e dão significado a suas vidas. Esses são os motivos ontológicos pelos quais a morte e o suicídio se tornam campos férteis para fazer leituras antropológicas do social, no caso da presente pesquisa, no contexto da América do Sul, tentando aprofundar em três linhas de interesse: (a) a perspectiva sócio espacial, reconhecendo os territórios onde se concentram os maiores índices de suicídio e as lógicas ali imersas; (b) os elementos contextuais e culturais que informam e fazem plausível esta prática social e (c) os sujeitos sociais mais afetados que proporcionam pistas das subjetividades em tensão e as formas de sofrimento social.